27 de março de 2007 - ontem eu estava bem, confiante. Hoje, chateada. Sei que precisarei de muito tempo para absorver os últimos seis meses. Sei que o Francisco manterá contato comigo. Sei que a Fundação será muito importante para nós, mas principalmente para os outros. Sei de muita coisa, só não me pergunte como. O vento sopra nesta manhã quente de março e temo estar totalmente absorvida pela vida. Não tenho mais escapatória. Nada mais será ou soará futilidade. Nada mais poderá ser fuga. Quando a vida se apresenta de maneira nua e crua, não se vive mais no mundo da ilusão. É preciso ter coragem e assumir cada minuto. Penso muito no meu passado como reflexão. Nos ganhos e nas perdas. Nas transformações. Eu nunca fui má, mas fui imatura e deixei muita coisa passar desapercebida.
Pressinto chuva pelo vento, pelo coçar do nariz. Alguém deve estar morrendo e outros tantos devem estar nascendo, vivendo. A era dos espetáculos e das grandes emoções parece ter terminado. Tudo agora é mais discreto, mais acústico. O que acontecerá então?
Contei para a Elci (mãe do Alex, que foi colega do Fran) que fui testemunha do dia em que o Francisco nasceu. Era uma tarde linda, quente de janeiro. Eu brincava com o Marcelo (meu tio), na rua (Palmeiras, em Porto Alegre), lá na casa da minha vó Teresa. Minha mãe saia para uma consulta com a dra. Natália. Eu ainda toquei na barriga da minha mãe. Quando o Francisco foi para casa (dias depois), pequenininho, eu ficava extasiada com aquela figurinha. Os dedinhos dele. O jeito tão frágil. Quantas vezes fiquei a contemplar meu irmão. A Elci disse que pode ter sido um reencontro de vidas passadas... como viver sem este que foi a confirmação da minha infância, de parte da minha vida? Como pode existir no passado se já não existe no presente?
Pressinto chuva pelo vento, pelo coçar do nariz. Alguém deve estar morrendo e outros tantos devem estar nascendo, vivendo. A era dos espetáculos e das grandes emoções parece ter terminado. Tudo agora é mais discreto, mais acústico. O que acontecerá então?
Contei para a Elci (mãe do Alex, que foi colega do Fran) que fui testemunha do dia em que o Francisco nasceu. Era uma tarde linda, quente de janeiro. Eu brincava com o Marcelo (meu tio), na rua (Palmeiras, em Porto Alegre), lá na casa da minha vó Teresa. Minha mãe saia para uma consulta com a dra. Natália. Eu ainda toquei na barriga da minha mãe. Quando o Francisco foi para casa (dias depois), pequenininho, eu ficava extasiada com aquela figurinha. Os dedinhos dele. O jeito tão frágil. Quantas vezes fiquei a contemplar meu irmão. A Elci disse que pode ter sido um reencontro de vidas passadas... como viver sem este que foi a confirmação da minha infância, de parte da minha vida? Como pode existir no passado se já não existe no presente?
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