sábado, 5 de fevereiro de 2011

09 de julho de 2007 - segunda-feira cinzenta

Sinto-me deprimida e esqueço que algumas pessoas sofrem ainda mais... Marilu me disse que estão sem sangue e eu me queixo por algo que sequer imagino o que seja. Saudades imensas? Talvez. Se tenho saudade é por que tive algo. Então o melhor é agradecer.

Está um frio que doí. A Associação Chico Viale tomou uma dimensão sem tamanho. As pessoas elogiam a iniciativa. Até o pessoal do HEMORGS confirmou presença para o sábado (14 de julho), dia oficial da criação da entidade. Recém chegaremos aos quatro meses sem o Francisco e o estranhamento/dor ainda é enorme, mas não posso ficar parada num canto, chorando e esperando que a vida aconteça por si só. A vida muda com a morte. A vida se assume com a morte. Ninguém escolheu esta morte. Aconteceu. Às vezes é assim. Talvez estivessemos trilhando um caminho tão errado que só um grande susto para nos fazer parar e repensar a vida. Talvez. Talvez não seja nada disto. Talvez um dia eu entenda ou talvez não. Talvez o melhor seja não pensar e apenas seguir... viver para ser mais exata.

Os amigos do Fran estão indo embora de Canela. Muita coisa mudou. Muita gente mudou. Ontem, eu  e a Cintia comentamos que também temos vontade de ir embora.

Vamos nos recolher durante o inverno para recomeçar na primavera. Inverno é tempo de refletir e se preparar.

Estou ansiosa. No próximo sábado, a Chico Viale será oficialmente uma associação. Esta semente tem tudo para se tornar uma grande árvore. Muita gente será beneficiada e mais vida se fará vida. Agora é o que precisamos. Ao menos é o que parece.

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