sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

15 de fevereiro de 2007 - quinta-feira


Fran teve uma crise respiratória. Anotei algumas coisas para perguntar ao médico: a troca

de posição baixa a saturação e a respiração dele é prejudicada? O dedão direito está inchado perto da

ferida. Quais são oshorários para falar com os médicos?

Francisco vive com o básico da vida: respiração, batida de coração, digestão, excreção. O sofisticado foi perdido: memória, inteligência, etc. Estou muito quieta. Não quero conversar. Não consigo entender coisa alguma. As pessoas falam que estamos vivendo uam tragédia. Como se vive isto? Como se passa por este momento? O que se faz? O médico disse para a minha mãe que o espírito dele não está mais aqui. Ele nos escuta? Nos sente? O que precisamos fazer pelo Francisco? A morte já não me assusta. Esta espera e este provável sofrimento dele é que me angustiam. Escuto a voz da minha mãe dizendo que o Francisco tinha sofrido um acidente e que ela não sabia como ele estava... quero dormir.

Tio Marco esteve aqui muito emocionado. Ele não quis ver o Francisco, mas ficou conosco.
O que precisamos aprender? Não sei o que é, mas quero aprender de uma vez.

O céu estava estrelado, muito estrelado. E uma estrela cadente protagonizou este cenário. Pedi um milagre: a plena recuperação do meu irmão.

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