segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Conversa com a Marilu

Para quem não conhece, Marilu é Maria de Lourdes Peck, a assistente social do HEMORGS. Ela é a responsável pela captação de doadores, seja lá no hemocentro ou nas campanhas externas. Tempos atrás conversamos muito sobre este trabalho árduo de buscar doadores. Tem dias que o HEMORGS não recebe 20 doadores. As pessoas têm medo da agulha, da contaminação, do desconhecido. A Marilu defende que a melhor estratégia é conversar. "Conversar muito, passar informação, mesmo que já se esteja conversando há muito tempo", completa ela.

Marilu trabalha com sangue há 22 anos, sempre buscando doadores, e enfatiza a importância de trabalhos associativos, como o do Associação Chico Viale com o HEMORGS, que atende 48 hospitais no estado. "Se o Hemocentro não tiver sangue, os hospitais fecham, porque as cirurgias não irão acontecer". Para ela o medo ainda é o maior impedimento para doar sangue e também acredita que o maior incentivo está em nós: depende da gente formar os novos doadores.

Outro grande problema é a saúde do doador. É preciso estar saudável para ser doador de sangue e por saudável entende-se não somente cuidados com o corpo, mas também com a higiene bucal, com a alimentação, com o próprio ambiente.

No Brasil pouco mais de 1% da população geral doa sangue. Se 3 ou 4% desta mesma população doasse sangue regularmente, os estoques de sangue não sofreriam alterações.

Confesso que eu sou uma medrosa, tenho pavor de agulha, mas acho que meu trabalho não terá eficiência enquanto eu não controlar este medo e doar sangue. Então prometi para mim que irei doar sangue na próxima campanha. Tirar 450ml de sangue numa coleta tem de ser menos sofrido do que acompanhar a agonia do meu irmão nos 60 e poucos dias em que ele ficou em coma.

Então vamos nos organizar para doar sangue e se cadastrar como doador de medula óssea. Tá com dúvida? Fala conosco!!!

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