Meu engajamento com a Associação Chico Viale e a causa do sangue/ doação de medula óssea já tem três anos. Neste tempo muita coisa aconteceu e mudou depois que a Maria Rita, minha filha, nasceu. Em função dela ainda ser bebê muitas das minhas saídas para campanhas são complicadas.
Tenho trabalhado mais na internet, que é uma ferramenta fantástica para se repassar informações. Além desta alteração na rotina de trabalho notei que estou mais sensível. Quando chega algum pedido de ajuda para crianças, que precisam de transplante de medula óssea, fico apreensiva.
Já passei por muitas experiências chatas e aprendi que a vida não poupa pessoa alguma. Não interessa se tem dinheiro, casa, carro, beleza. A vida chama todo mundo. E cada um de um jeito. Me coloco no lugar destas mães, que recebem o diagnóstico de uma doença no seu filho/a, da necessidade de um transplante. Me coloco no lugar destas mães que olham, todos os dias, seu filho/a ser picado por agulhas que levam tratamento; que olham as lágrimas nos olhos de quem mais se ama.
Fiquei imaginando como eu ficaria se minha filha passasse por isto!!!!!!!!!!!
Acho que eu iria pirar! Não sei se teria coragem e estrutura para continuar vivendo. Minha mãe perdeu um filho, o Chico Viale, num acidente de carro. Viu ele em coma durante 63 dias, sofrendo males que sequer imaginamos. Tem dias que me coloco no lugar dela e em seguida olho para a minha pequeninha. Não sei o que é perder um filho, mas acredito que deva ser um baita soco no estômago e que mãe alguma deveria passar por isto (nem os pais).
A melhor maneira de se exercitar a solidariedade é se colocar no lugar do outro. Assim fica mais fácil perceber o quanto pode ser doído viver e o quanto pode ser fácil ajudar quem precisa. Ninguém aqui é Deus para dar a vida e tirar a morte, mas todos somos humanos e podemos fazer algo para mudar algumas situações.
A situação em questão é colaborar com o aumento do número de doadores cadastrados para doação de medula óssea. Coloque-se no lugar destas mães, pegue a sua carteira de identidade e vá ao Hemocentro mais próximo se cadastrar. Não tem como ir? Não sabe como fazer? Contate a Associação Chico Viale que nós iremos ajudar.
Seja um doador o mais rápido possível. Alguém pode estar esperando por você.
Saiba mais sobre a doação de medula óssea
O que é Medula Óssea? A medula óssea é o tecido encontrado no interior dos ossos, também conhecido popularmente por "tutano", que tem a função de produzir as células sanguíneas: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.
Quem precisa de Transplante de Medula Óssea? O Transplante de Medula Óssea é indicado principalmente para o tratamento de doenças que comprometem o funcionamento da medula óssea, como doenças hematológicas, onco-hematológicas, imunodeficiências, doenças genéticas hereditárias, alguns tumores sólidos e doenças autoimunes.
Como se tornar um doador? A pessoa precisa ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante). Ela deve cadastrar-se em um dos centros habilitados para isso, onde será feito um cadastro com dados pessoais e realizada a coleta de uma pequena amostra de sangue. A partir disso, seus dados constarão do Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome). Se, um dia, houver algum paciente no Brasil (e mesmo em outros países) com características genéticas semelhantes às suas, o doador será convidado a realizar novos testes e doar efetivamente a medula se houver compatibilidade.
Como é feita a doação de medula óssea? Esta é retirada do interior de ossos da bacia por meio de punções com agulhas e seringas. Além dessa, existe outra forma de doar as células progenitoras ou células-mãe da medula óssea: é a aférese, em que o doador é ligado a uma máquina pela qual o sangue de suas veias circula enquanto as células progenitoras vão sendo separadas. O material colhido pode ser utilizado imediatamente ou ser congelado para utilização posterior.
Existe risco para o doador? Os riscos para o doador são praticamente inexistentes. A medula se recompõe em apenas 15 dias. Até hoje não há relato de nenhum acidente grave devido a esse procedimento.
Como é feito o transplante? O transplante só será realizado quando o paciente estiver pronto para recebê-lo, resolução que cabe ao médico que o está acompanhando. O procedimento é simples: após um tratamento que elimina todas as células da medula óssea do paciente, aquelas colhidas do doador são infundidas em uma veia, como se fossem uma transfusão de sangue. Com o passar do tempo, essas células vão se fixar na medula óssea vazia e se multiplicar até recomporem-na novamente.
Como são feitas as buscas do doador? O doador compatível deve ser procurado em primeiro lugar, na família, entre irmãos do mesmo pai e da mesma mãe. Esse não sendo encontrado, o médico do paciente deverá inscrevê-lo no banco nacional de receptores de medula óssea (Rereme) para realização da busca de um doador compatível voluntário cadastrado no registro brasileiro de doadores de medula óssea (Redome).
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